Aqui vive-se da cor, dos padrões e dos desenhos que, com a nossa luz lisboeta, transformam-se em autênticas obras de arte pela cidade.
De certeza que já passaste por muitos destes painéis, há milhares de exemplos espalhados pela nossa cidade, em praticamente todas as esquinas e ruas.
O guia que tens de seguir:
Fachada no Campo de Santa Clara 124 – 126
Fica perto do Panteão Nacional e da Feira da Ladra. Esta fachada é 1860, de gosto romântico, tem figuras de bustos e molduras em tons de azul, amarelo e branco.
No piso térreo, os azulejos conseguem fazer uma imitação de mármore, em tons de rosa.
Fachada na Avenida Almirante Reis 74D
Prédio de habitação e comércio, construído em 1908. Este foi um dos primeiro exemplos de Arte Nova em toda a fachada.
Tem uma parte revestida a azulejos verdes retangulares e a outra, no primeiro piso, forrada a girassóis e folhagens muito coloridas.
Fachada da Loja Viúva Lamego, Largo do Intendente
Construído em 1865, em tempos foi a loja da Fábrica Viúva de Lamego e, como não podia deixar de ser, está toda revestida a azulejos de gosto romântico.
Folhagens, jarras e outras representações chinesas, figuras alegóricas e até macacos empoleirados. Este é outro exemplo de como os azulejos também serviam de painéis publicitários.
Fachada da Fábrica Viúva Lamego na Avenida Almirante Reis
A outra fachada da Fábrica, aqui em tons de azul e branco. Aqui foram produzidos muitos dos azulejos das nossas estações de metro.
Fachada na Rua da Trindade 28 a 34
Construído em 1864 como residência, este prédio está totalmente revestido a elementos maçónicos, falsas estátuas e representações alusivas à ciência, agricultura, comércio e indústria e aos elementos terra e água.
Painel “O Mar” na Avenida Infante Santo (Lapa)
Um dos painéis mais conhecidos e bonitos de Lisboa, é da autoria de Maria Keil e construído em 1958. As cores, a plasticidade e a dimensão da composição são realmente marcantes.
Representa a vida no mar, com conchas, búzios, barcos e pescadores.
Painel do Oceanário (Parque das Nações)
A Expo’98 “deixou-nos” algumas obras primas da azulejaria. Este painel está no Oceanário (o antigo Pavilhão dos Oceanos) e, por isso mesmo, representa animais marinhos.
Só é possível perceberes todo o desenho quando te afastas, ao perto parecem apenas “pixels” e figuras geométricos em vários tons.
Painel “Casa dos Parafusos” na Rua da Boavista 18C (Cais do Sodré)
Mais um exemplo de um painel publicitário em azulejo a revestir uma fachada, da década de 1920.
Repara com atenção no lettering feito com parafusos, uma delícia para qualquer designer gráfico.
Fachada na Rua Vale Pereiro e Rua Salitre
Um edifício moderno, de 1949 revestido a azulejos em tons de preto e verde, por Almada Negreiros.
Um magnífico padrão geométrico e ao mesmo tempo ondulante.
Reitoria da Universidade de Lisboa (Cidade Universitária)
Uma parte do edifício da Reitoria está revestido a azulejos de inspiração quinhentista.
Muitos triângulos azuis e brancos formam este padrão, marcado por elementos lisos azuis. Este painel é um marco na Cidade Universitária, criado por Fred Kradolfer em 1961.
Mural na Avenida Calouste Gulbenkian (Campolide)
Uma das principais vias de entrada na cidade também tinha de ter um grande mural de azulejos.
Muita cor, ritmo e faixas verticais conjugadas com elementos lisos e outros abstratos. É uma obra marcante da década de 1970, da autoria de João Abel Manta.
Mural do Jardim Botto Machado no Campo de Santa Clara
Um dos mais recentes murais de azulejos de Lisboa, inaugurado em 2016, fica no muro do jardim perto da Feira da Ladra.
São 170 metros de mural com 1.000 metros quadrados, onde 53 mil azulejos muito coloridos nos mostram o fantástico universo do artista André Saraiva. Até a Feira da Ladra ganhou uma nova cor!