Quase todas estas vilas operárias são, na sua génese, zonas de habitações populares e, embora o seu uso agora seja outro, mantêm o charme bairrista.
Segundo um estudo realizado em 2015 e apresentado no X Congresso da Geografia Portuguesa, existem em Lisboa 1.126 pátios e vilas operárias – nomeadamente 721 pátios e 405 vilas.
São centenas, fundadas maioritariamente no final do século XIX como resposta à imensa migração da população do meio rural para a cidade.
Nos últimos muitas foram reabilitadas e são espaços apaixonantes, que impressionam locais e turistas.
Índice
Vila Berta
Construída em 1902, a Vila Berta começou por albergar a família e amigos de quem a pensou, Joaquim Francisco Tojal.
Era, portanto, um espaço conotado com a burguesia embora os pisos inferiores estivessem reservados para o alojamento de operários.
As varandas de ferro dos pisos superiores são o detalhe mais distinto desta vila.
Vila Sousa
Inaugurada em 1890 por “João Luiz de Sousa” (nome que se lê na porta), a Vila Sousa foi construída sobre um palácio arruinado, devastado pelo Terramoto de 1755.
Ocupa um quarteirão inteiro e a fachada exterior é decorada com belíssimos azulejos azuis. Fica no Largo da Graça.
Vila Rodrigues
Localizada na Rua da Senhora da Glória, na Graça, a Vila Rodrigues inclui um pátio amplo que continua a estimular a vida em comunidade.
Destacam-se as várias escadas que interligam os diferentes pisos. Data de 1902.
Vila Rosário
A Vila Rosário foi recuperada em 2018 e fica na Penha de França, bem perto do Miradouro do Monte Agudo.
É agora um condomínio privado, respeitando o propositado habitacional que esteve na génese da sua construção, no princípio do século XX.
Vila Luz Pereira
Situada na Travessa do Jordão, na Mouraria, a Vila Luz Pereira começou por chamar-se Villas José de Oliveira.
A sua planta é em U, algo recorrente nas vilas operárias do último quartel do século XIX.
O pedido de licenciamento data de 1891 e foi em 1928 que António Augusto da Luz Pereira vincou o seu nome na fachada.
Vila Luz
A Vila Luz está meio escondida na Rua Pascoal de Melo, em plena Estefânia. O complexo habitacional está bem recuperado e aqui convivem residentes antigos e novos habitantes.
A entrada dá acesso diretamente ao pátio da vila.
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