
Lisboa é uma cidade repleta de História, tendo sido parte integrante do Império Romano. Na altura, sob a denominação de Olissipo, assumia-se como um importante porto da província da Lusitânia.
Há 2000 anos, os romanos dominavam a Península Ibérica e o teatro era um símbolo de poder do Império. Quem chegasse pelo Tejo deparava-se quase de imediato com o imponente edifício.
Muitos séculos depois, as ruínas do Teatro Romano são hoje um dos núcleos do Museu de Lisboa, permitindo aos seus visitantes viajar até ao séc. I d.C.
Localizado na zona histórica da cidade, numa das encostas que dá acesso ao Castelo de São Jorge, este é um dos lugares de Lisboa que todos devem visitar pelo menos uma vez na vida.
História do Teatro Romano
O edifício foi construído no período do Imperador Augusto, no séc. I, tendo sido remodelado na época de Nero, no ano de 57 d.C. Naquela época, uma cidade romana deveria ter certos equipamentos públicos e o teatro era um dos mais importantes.
O Teatro Romano foi um dos primeiros edifícios a ser erigido na cidade romana de Felicitas Iulia Olisipo.
Com capacidade para cerca de 4.000 espetadores, e uma localização privilegiada numa encosta elevada com vista para o rio Tagus (Tejo), este era um dos maiores símbolos da Lisboa romana.
Do abandono ao terramoto
Apesar de ter sido uma parte importante da vida na cidade romana, o Teatro foi abandonado no séc. IV d.C. Durante muito tempo, o espaço permaneceu soterrado.
No entanto, o grande terramoto de 1755 possibilitou a descoberta das ruínas romanas. Como? Na sequência das obras de reconstrução da cidade, o Teatro foi descoberto pela primeira vez, em 1798.
Contudo, as invasões napoleónicas motivaram novamente o seu “esquecimento”. Só mais tarde, no séc. XX, o Teatro Romano voltou às “luzes da ribalta”.
Museu de Lisboa – Teatro Romano
Atualmente, as ruínas do Teatro Romano são um dos núcleos do Museu de Lisboa. O espaço dedicado ao teatro encontra-se instalado em dois edifícios de épocas distintas, um setecentista e outro do final do séc. XIX.
O antes…
No site da Câmara Municipal de Lisboa, pode ler-se o seguinte:
Em 1964 são iniciados trabalhos de escavação por dois conhecidos olisipógrafos. Após a política de compra dos edifícios sobrepostos ao monumento por parte da Câmara Municipal de Lisboa, iniciam-se novas intervenções.”
Em 2001, e após a adaptação de dois edifícios de distintas épocas, verificou-se a inauguração do, então designado, Museu do Teatro Romano.
Neste ano, deu-se também uma das principais descobertas arqueológicas: o muro de suporte da fachada cénica e de contenção da encosta.
E o depois…
Entre 2013 e 2015, o Teatro Romano esteve ‘afastado’ do olhar do público, mas por um bom motivo: o nascimento do Museu de Lisboa – Teatro Romano.
Durante esse período, verificou-se uma remodelação museográfica, bem como a melhoria das condições de acessibilidade e de conforto.
A par do valor histórico do local, é de salientar ainda a importância do projeto do Museu de Lisboa – Teatro Romano ao nível de arquitetura.
Da autoria dos arquitetos Daniela Hermano e João Carrasco, este projeto foi distinguido com uma Menção Honrosa do Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura 2014.
Atualmente, o Museu de Lisboa – Teatro Romano permite viajar não só ao tempo do Império mais famoso da História, mas também a outras épocas, visto que inclui vestígios da Idade do Ferro e da Época Medieval.
Sem dúvida, este é um daqueles lugares que fica em Lisboa, mas que tem a capacidade de nos levar a outras latitudes!
Morada Rua de São Mamede 3A (Alfama)
Horário: terça-feira a domingo das 10h às 18h
Mais informações: teatroromano@museudelisboa.pt | Tel: +351 215 818 530