Na verdade, a Praça do Comércio já foi o Terreiro do Paço. Só depois do terremoto de 1755 é que passou a ser designada por Praça do Comércio, ainda que hoje em dia muita gente ainda trata este local por estas duas designações.
Localizada na baixa de Lisboa e junto ao rio Tejo, este foi o local do palácio dos antigos reis de Portugal, durante cerca de dois séculos. Hoje, além da enorme praça, uma das maiores da Europa com cerca de 36 mil m2, à volta dela podes encontrar vários departamentos do Governo, locais culturais, cafés e restaurantes.
A Praça do Comércio é limitada por 79 arcos, é considerada um símbolo histórico do poder político e foi, durante muitos anos, a principal entrada nobre para a cidade, através dos degraus de mármore do Cais das Colunas onde, a partir do Tejo, desembarcavam e era recebidos chefes de estado e outras figuras proeminentes de toda a sociedade, nomeadamente internacionais, como foi o caso da Rainha Isabel II de Inglaterra.
É também nesta enorme praça que se encontra um dos preferidos cafés de Fernando Pessoa, onde ele passou mais tempo, o famoso Martinho da Arcada, aqui há mais de 238 anos.
E, claro, no centro da praça, a estátua equestre de D. José, Rei de Portugal e dos Algarves e um dos maiores responsáveis pela modernidade do país, a par do Marquês de Pombal, que foi que o serviu desde 1750.
A partir do lado inverso ao do rio Tejo, vais entrar numa das maiores zonas comerciais da cidade, na Rua Augusta.
Para lá chegares basta passares por baixo do Arco da Rua Augusta, que também é um miradouro incrível e que te permite avistar, de um lado, a Praça do Comércio e o Tejo, e do outro, a Rua Augusta e boa parte da Baixa.
Uma última curiosidade, que muitos já não se recordam, é que a Praça do Comércio serviu, em tempos, como parque de estacionamento, pelo menos até à década de 1990, sendo que hoje são mais as festas e os eventos culturais que por lá passam.