13 negócios emblemáticos de Lisboa que já não existem
Estes negócios, como outros, deixaram muitas saudades a todos os lisboetas... e a quem deles usufruiu durante bastantes anos. Vamos conhecê-los melhor?
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Estes negócios, como outros, deixaram muitas saudades a todos os lisboetas... e a quem deles usufruiu durante bastantes anos. Vamos conhecê-los melhor?
Os negócios de uma cidade são muito mais do que parte do seu tecido económico: fazem parte da história e da vida dos seus bairros e, portanto, também das vidas e das ligações que são tecidas entre as pessoas que os habitam.
A verdade é que restam cada vez menos, sendo que alguns deles fizeram parte da vida lisboeta durante décadas.
O encerramento de negócios emblemáticos na capital é uma tendência que se tem vindo a consolidar cada vez mais.
A crise pandémica terá sido um dos principais motores, ainda que não seja a única causa.
Em março perguntámos-te, nas nossas redes sociais Facebook e Instagram: “Diz-nos quantos anos tens ao mencionar o nome de uma empresa que já não existe em Lisboa.”
O resultado foi uma lista de várias empresas e marcas que já “deixaram” a cidade, mas também um exercício de memória e homenagem a todos aqueles negócios (grandes, pequenos, familiares ou não) que, embora tenham desaparecido das ruas, não desapareceram da memória de quem os conheceu.
Este assunto é tão sério para a cidade, que em 2016 foi criada a iniciativa de “Lojas com História”, para proteger o património e os arrendatários de alguns destes negócios.
A Pastelaria Suíça é um desses negócios, que nos vai deixar memórias até ao fim dos nossos dias, tal era a fama dos produtos que vendia, além do lugar onde estava localizada, em pleno Rossio.
Fundada em 1872 na Rua da Vitória, entre os números 33 e 37, a loja foi ampliada no início de 1896, passando a ocupar também os números 152, 154 e 156 da Rua Augusta.
Por certo já ouviste ser evocada a expressão “preto da Casa Africana” quando alguém está muito carregado.
Embora seja uma expressão claramente racista, a verdade é que a Casa Africana foi um dos estabelecimentos comerciais mais emblemáticos da Rua Augusta — e a sua imagem de marca era, efetivamente, um africano carregadíssimo, que transportava as encomendas e embrulhos dos clientes.
Em Lisboa, até à chegada da Virgin Megastore, era a Valentim de Carvalho que dominava o mercado de venda de música.
A Virgin Megastore, localizada no Cine Teatro Éden, nos Restauradores, rapidamente se tornou no sítio favorito dos audiófilos para conhecer os mais recentes álbuns dos seus artistas preferidos.
Recordo-me bem de passar lá tardes inteiras, a ouvir música nos postos de audição espalhados um pouco por toda a loja.
E também me recordo de participar num grande concurso para ganhar um Lancia Ypsilon, que nem cheguei a perceber quem teria sido o vencedor.
E porque já a referimos, a Valentim de Carvalho, localizada no Rossio, foi, sem dúvida, a minha primeira loja de música.
Foi aqui que comprei o meu primeiro álbum de Nirvana, que tive a oportunidade de ouvir antes, num dos muitos postos de audição espalhados pela loja – era um stress encontrar um destes postos vazio.
A cadeia de aluguer de filmes em VHS Blockbuster veio, definitivamente, arruinar com muitas dos tradicionais videoclubes, muitas vezes pequenos negócios familiares.
Até que em 2010 foi a vez de também estes gigantes da sétima arte fecharem portas em Portugal, segundo a própria empresa, fruto da pirataria e de um uso da Internet mais intensivo.
Hoje existe a Zara, a Bershka, a Springfield e a Pull & Bear, mas há muitos anos era a loja de roupa jovem Porfírios que dominava a cena da moda lisboeta.
Recordo-mo com muitas saudades do espaço localizado em plena Rua Augusta, sempre cheia de malta nova a comprar roupa nova para estrear no fim de semana.
Vi aqui o Titanic, na altura com umas cadeiras de cinema que nunca tinha experimentado: assim que me sentei a cadeira deslizou de tal forma que parecia que estava a “afundar-me.” É verdade, o filme era o Titanic.
Por fora, o Cinema Londres era tal e qual o que víamos nas salas de cinema internacionais, com os filmes em destaque no grande painel luminoso lá fora.
Foi, em tempos, um dos espaços de entretenimento preferidos de todos os lisboetas.
Quem nunca experimentou andar naquela montanha-russa não sabe o que é a verdadeira adrenalina, não pelo tamanho, que era reduzido, mas pelas condições de segurança que a mesma apresentava.
Será mesmo que a Feira Popular de Lisboa vai voltar?
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