Já passaram 15 anos desde o início da sua construção, mas só agora é que o Funicular da Graça começou finalmente a funcionar.
A inauguração do elevador que faz a ligação entre a Rua dos Lagares (gare inferior) e o Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen (gare superior) aconteceu no dia 12 de março pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que destacou a importância desta obra para os residentes da Graça e da Mouraria, que aguardavam ansiosamente pela conclusão do funicular desde 2009.
Segundo o edil,
É um momento histórico para a cidade, é interessante pensar que há 120 anos havia um elevador da Graça, entre a Rua da Palma e a Graça, que funcionou entre 1893 e 1904 e, 120 anos depois, voltamos a ter outro elevador.”
Até 2 de maio é gratuito
De forma a assinalar este momento histórico para a cidade, e porque os seus principais utentes esperaram por este dia durante muitos anos, o Funicular da Graça, que vai circular apenas numa única via, será gratuito até ao próximo dia 2 de maio.
Depois, os preços dos bilhetes serão os mesmos praticados noutros elevadores da Carris, sendo que para os detentores de passe Navegante, a viagem de 8o metros neste funicular mantém-se gratuita.
Segundo informa a EMEL, que será a responsável pelo funcionamento deste equipamento, a periodicidade média de circulação é de cerca de 10 minutos, estando o mesmo apetrechado para transportar até 14 pessoas por viagem, pessoas com mobilidade reduzida, para transportar bicicletas e até animais de estimação.
Segundo à Câmara Municipal de Lisboa, na primeira semana em funcionamento, o Funicular da Graça já transportou 14 mil passageiros e realizou 1.500 viagens.
Da Graça à Mouraria, em um minuto e meio
O Funicular da Graça teve um orçamento inicial de sete milhões de euros, tendo como objetivo ligar dois dos bairros mais característicos da cidade: Graça e Mouraria.
A ligação entre os dois bairros nunca foi tão próxima e rápida, já que cada viagem neste funicular demora cerca de um minuto e meio, todos os dias entre as 09h e as 21h.
João Favila e João Simões foram os arquitetos responsáveis por esta obra, que depois de vários contratempos devido a descobertas arqueológicas encontradas no local em 2016, viram agora o seu projeto a entrar nos carris, literalmente.
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