Calma, não fomos invadidos por extraterrestres, nem tão pouco por um gigante “à solta” na cidade! Foi apenas uma instalação do coletivo japonês 目[mé] (@mouthplustwo), que fez flutuar pelos céus de Lisboa, em várias zonas da cidade, uma cabeça gigante, entre os dias 20 e 23 de julho.
“Masayume” é o nome desta enorme obra artística, criada por este coletivo depois de milhares de submissões de caras provenientes de vários países, que passou a estar integrada na Temporada de Arte Contemporânea Japonesa do CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian, na Fundação Calouste Gulbenkian, através da exposição “Engawa”.
Nem toda a gente viu
A apresentação desta cabeça gigante, contudo, não conseguiu os resultados esperados, visto as condições meteorológicas, especialmente os fortes ventos que se fizeram sentir na cidade nestes dias, não permitirem que ela sobrevoasse, em total segurança, durante boa parte das tardes em que era suposto manter-se no ar.
Ainda assim, passou pela Praça do Comércio, por Belém e, no fim, fez-se deslocar para a Alameda Afonso Henriques, onde entre as 18h e as 21h foi insuflada sempre que foi possível para quem a quisesse ver de perto, e registar o momento.
Através da hashtag #passatempomasayume podes ver outras fotos deste momento, captadas por quem passou onde estava “Masayume”.
“Engawa”, para ver no CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian
“Engawa” é uma programação que faz parte do conceito que está na base do projeto do arquiteto japonês Kengo Kuma, para o edifício do CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian, designando um espaço de passagem, interior e exterior, clássico das tradicionais casas japonesas.
Esta mostra reúne ainda colaborações com vários artistas e instituições da capital, trazendo ainda a Lisboa alguns criadores do Japão e da diáspora japonesa, alguns deles a pisarem solo português pela primeira vez.
No mês em que se celebram o 480º aniversário das relações entre Portugal e Japão, e também do 40º aniversário do CAM, aconteceu este primeiro momento da Temporada de Arte Contemporânea Japonesa, entre os dias 20 e 23 de julho, a que se seguirão outros dois momentos, em setembro, de 8 a 10, e em novembro, de 10 a 12.
Com a curadoria de Emmanuelle de Montgazon, com Rita Fabiana, em 2024 acontece o regresso desta temporada, com a reabertura do edifício, com uma programação muito interessante de exposições, performances, concertos, sessões de poesia e debates, que irão ocupar vários dos seus espaços e jardim.