Estávamos em 2019, ano em que se assinalou o 150º aniversário do nascimento de Calouste Gulbenkian, a Fundação apresentou uma exposição sobre ele que valeu mesmo a pena conhecer. Tinha o nome de “Calouste: uma vida, não uma exposição”, tendo ficado patente até ao fim desse ano.
Se não conseguiste lá ir, revelamos-te agora alguns segredos e curiosidades que te vão ajudar a conhecer melhor esta personagem incrível, que atravessou duas grandes guerras, fez fortuna com o petróleo, mas não conseguiu comprar tudo o que queria.
Calouste Sarkis Gulbenkian nasceu a 23 de março de 1869, em Istambul, no antigo Império Otomano.
Pertencia a uma ilustre família arménia, com negócios nas áreas da banca e do querosene (um derivado do petróleo), que lhe possibilitou uma educação privilegiada e com horizontes largos.
Assim que terminou o ensino secundário, foi para Marselha (aperfeiçoar a língua francesa) e depois entrou para o King’s College, de Londres, onde fez o curso de Engenharia e Ciências Aplicadas. Mais tarde, adquiriu nacionalidade britânica.
Desde cedo seguiu as pisadas do pai e assumiu as rédeas do negócio da família, negociando (habilmente) contratos de exploração petrolífera com grandes empresas internacionais.
Rapidamente fez fortuna na área do petróleo (que, aliás, revolucionou) ao deter 5% da Companhia de Petróleo Turca, o que lhe valeu o título de “Senhor 5%”. Chegou mesmo a possuir uma das maiores fortunas do mundo.
Ao longo da vida, foi reunindo uma coleção de arte valiosíssima (com mais de 6 mil obras) e filantropo de várias causas. Mas nunca conseguiu comprar um quadro de Goya que sempre ambicionou ter, “La Condesa de Chinchón”, hoje exposto no Museu do Prado.
Calouste Gulbenkian passou a viver em Lisboa em 1942, fugindo à Segunda Guerra Mundial, onde faleceu a 20 de julho de 1955, com 86 anos. Aqui deixou a sua fortuna e um legado marcante.
A face mais visível é a Fundação Gulbenkian, onde está exposta a sua coleção importante de arte. Esta instituição com sede em Lisboa trabalha, sobretudo, em quatro áreas, tal como o seu testamento determinou: Arte, Ciência, Educação e Beneficência.
Destaque ainda para o Jardim da Gulbenkian,espaço que ocupa 7,5 hectares e que serve de casa à Fundação, sendo um verdadeiro oásis verdejante no meio da cidade!