Chapéu, óculos redondos, bigode em triângulo. Eis o esboço simples do mais complexo poeta que Lisboa pariu. Era Junho de 1888 e sob o signo de Gémeos (só podia) nasceu Fernando Pessoa.
Nunca saberemos ao certo quantas pessoas viviam no Fernando Pessoa (além dos poetas heterónimos), mas sabemos exatamente onde viveram todos juntos, quando o Chiado ainda não sabia falar inglês.
Mas Fernando Pessoa já falava e o futuro era com ele, em 1925 escreve em inglês, “Lisboa, o que o turista deve ver”. O que Pessoa não sabia era que o que o turista mais queria era vê-lo a ele a rimar com Lisboa.
Pessoa passou-bem na Brasileira, alargou o Largo do São Carlos, eletrificou o 28, arrebitou-se nos botequins, fumou nas tabacarias, empinocou-se nas barbearias, pensou-se e discutiu-se nos cafés e ficou-se pelo Mosteiro dos Jerónimos.
Uma vida genialmente desassossegada, tatuada entre a casa em Campo de Ourique e aquela mesa solitária no Martinho da Arcada. Aqui vai um pouco da Lisboa de Pessoa:
Café Martinho da Arcada – Praça do Comércio, 3
Casa Fernando Pessoa – Rua Coelho da Rocha, 16
Café A Brasileira – Rua Garrett, 122
Largo do Carmo
Livraria Bertrand – Rua Garrett, 73
A Licorista – Rua dos Sapateiros, 218
Largo do São Carlos
Mosteiro dos Jerónimos
Praça do Império
Casa Fernando Pessoa, a vida e a obra de um dos maiores escritores do mundo