A Rua da Triste-Feia pertence ao bairro de Alcântara, começando no Largo junto à Estação de Alcântara-Terra com término na Rua da Costa. É curta, com pouco mais de 100 metros e tem este nome insólito.
Só que esta via, curiosamente, não se pode designar, nem como rua, nem como travessa e muito menos como largo ou avenida, ainda que o seu nome apareça em documentos do século XVIII.
Ninguém sabe ao certo a data de atribuição do nome da Rua da Triste-Feia, sendo que desde a remodelação paroquial de 1770 já se encontrava nas plantas e descrições das freguesias de Lisboa, na altura “Rua da Triste Feya”.
Mas de onde vem o nome estranho?
Existem, pelo menos, duas teorias. A primeira conta que ali moravam três irmãs e que uma delas tinha feições pouco agradáveis à vista dos rapazes, que fugiam sempre que a avistavam.
Contudo, apesar de nunca ter conhecido o amor, era considerada como muito afável com os vizinhos. Diz-se ainda que estava sempre sentada à porta de casa, no número 28.
Embora nunca a tenham visto, os moradores desta zona da cidade lembram-se dos pais e dos avós contarem esta história, que ficou para sempre e até ganhou direito a placa toponímica e a um mural.
A segunda hipótese tem a ver com o facto de a própria rua ser estreita e escura e, daí, ter um aspeto mais feio e triste..
Em qual destas teorias acreditas mais? Nós temos a nossa preferida!
Como curiosidade final sobre esta artéria, sabias que foi palco de uma cena do filme “O Crime do Padre Amaro”, de 2005?
Vamos até lá?
Podes usar o StreetView do Google Maps para navegar pela Rua da Triste-Feia para observares, com os teus próprios olhos, um dos lugares em Lisboa que conta uma história singular.