Os palacetes de Lisboa eram e ainda são obras de traço arrojado e beleza inigualável!
Alguns foram até agraciados com o Prémio Valmor, que distingue, desde 1902, a qualidade arquitetónica de novos edifícios.
1 – Palacete Empis
Localizado na Avenida Duque de Loulé 77, a Casa Empis foi desenhada pelo arquiteto António Couto de Abreu.
Em 1907, arrecadou o Prémio Valmor, que segundo a CML foi, aliás,
o primeiro edifício premiado com Valmor a ser demolido, em 1954, ocupando atualmente o seu lugar um edifício de 7 andares.”
O seu estilo arquitetónico define-se como Francisco I.
2 – Palacete neo-manuelino no Campo Grande
No início do séc. XX, este era um dos vários palacetes de Lisboa que povoava o Campo Grande.
Acabaria por ser demolido em 1951 aquando da construção da Cidade Universitária.
3 – Palacete “Casa da Cerâmica”
No cruzamento do nº 5 da Rua Braamcamp com a Rua Mouzinho da Silveira existiu um palacete apelidado de “Casa da Cerâmica”.
Seria demolido a meio do século XX.
4 – Palacete Valmor
O Palacete Valmor é dos poucos palacetes de Lisboa que chegou aos dias de hoje e chegou a ser, em 2019, uma guest house.
Localizado no cruzamento da Avenida da República 38, com a Visconde Valmor, foi edificado em 1906 com projecto do arquiteto Miguel Ventura Terra.
Obteve, nesse mesmo ano, o prémio Valmor.
5 – Palacete na Praça Duque de Saldanha
Localizado na esquina entre a Praça do Saldanha 12, e a Avenida da República, este belo palacete é outro dos poucos edifícios do início do século XX que ainda resistem.
Terá sido edificado entre 1907 e 1908 com inspiração art deco e acredita-se que o projeto foi de José Luís Monteiro.
Chegou a ser sede de campanha de Mário Soares, que aqui discursou quando conquistou a Presidência da República.
Ganhou a Menção Honrosa no Prémio Valmor de 1912.
6 – Palacete da Avenida de Berna
Edificado em 1909, este edifício é ainda um dos belos palacetes de Lisboa. O projeto foi do arquiteto Manuel Norte Júnior e foi das primeiras construções habitacionais da Avenida de Berna.
Ocupa, portanto, o gaveto dessa avenida com a Avenida da República. Representa uma fusão de estilos arquitetónicos, com destaque para a Arte Nova, e chegou a ser sede da EMEL até 2013.
Atualmente, é propriedade da Junta de Freguesia das Avenidas Novas.
7 – Palacete na Avenida da Liberdade
Situado no cruzamento da Avenida da Liberdade 193, com a Rua Barata Salgueiro, este belo exemplar está ainda de pé.
Define-se como um palacete romântico de final do século XIX e, desde 2018, é uma concept store da marca Massimo Dutti.
8 – Palacete Mendonça
Desde 1909, ergue-se na Avenida Marquês de Fronteira 18-28, o Palacete Mendonça. O projeto deste palacete localizado no alto do Parque Eduardo VII foi do arquiteto Miguel Ventura Terra.
Ganhou o Prémio Valmor em 1909 e alberga, atualmente, a sede mundial do movimento Ismaili Imamat.
9 – Palacete Silva Graça
Construído em 1907 no cruzamento da Avenida Fontes Pereira de Melo com a Rua Latino Coelho, o Palacete Silva Graça começou por ser a casa do fundador do jornal O Século, José Joaquim da Silva Graça.
Por volta de 1930 começam as obras de transformação do palacete num hotel de luxo, que acabariam em 1933.
Nasceu, assim, o luxuoso Hotel Aviz, cuja demolição aconteceu em 1962.
Neste espaço situa-se, hoje em dia, o Sheraton. O projeto foi também do arquiteto Ventura Terra.
10 – Palacete Seixas
O Palacete Seixas foi construído no início do século XX num estilo romântico de inspiração francesa, muito popular no final do século XIX.
É o único edifício centenário da Praça Marquês de Pombal e alberga, desde 1997, a sede do Instituto Camões.
11 – Casa Museu Doutor Anastácio Gonçalves, antiga Casa Malhoa
Localizada na Avenida 5 de Outubro, este palacete resistiu aos tempos e é, atualmente, um espaço museológico.
O projeto, do arquiteto Manuel Norte Júnior, ganhou o prémio Valmor em 1905 e o edifício foi a casa e atelier do pintor José Malhoa, seu antigo proprietário.
Em 1933, foi adquirido pelo Dr. Anastácio Gonçalves, que o doou ao Estado.
12 – Palacete da Rua Tomás Ribeiro
Construído em 1909, este edifício foi pensado pelo arquiteto António C. Abreu e obteve a 4ª Menção Honrosa do Prémio Valmor desse ano.
Situava-se na Rua Tomás Ribeiro 4 – 7, na zona das Picoas, e foi demolido em 1954.
13 – Palacete na Avenida Fontes Pereira de Melo
Ainda existente e bem conservado, este palacete situa-se na Avenida Fontes Pereira de Melo 28, e começou por ser uma moradia unfamiliar.
O arquiteto foi Manuel Norte Júnior, um dos mais requisitados de então, e a construção obteve o Prémio Valmor de 1914.
Desde 1954 que é ocupado pelo Metropolitano de Lisboa.
14 – Palacete Branco Rodrigues
De nome completo Casa de José Cândido Branco Rodrigues, este palacete foi assinado pelo arquiteto Manuel Norte Júnior e a sua construção seria finalizada em 1908.
Situava-se na Avenida da República 36 e, devido à sua beleza, conquistou a Menção Honrosa no Prémio Valmor desse ano.
Foi demolido por volta de 1950.