A notícia surgiu há uns dias, de que a Netflix teria escolhido a cidade de Lisboa como cenário de várias cenas de ação para uma grande produção cinematográfica.
Sabe-se que as gravações vão ocorrer em julho deste ano, durante o espaço de oito noites e dois dias, entre as 18h e as 08h da manhã, e é precisamente contra este horário que já se levantaram muitas vozes discordantes, nomeadamente o executivo da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, zona da cidade onde vão ser realizadas estas filmagens.
Cenas de ação intensas
Segundo se sabe, a produção terá uma grande sequência de ação a realizar nas zona envolvente à Praça do Comércio e vai incluir armas de fogo, colisões e perseguições de automóveis e de motociclos, ou seja, pirotecnia e efeitos especiais que, com certeza, vão afetar quem vive nesta área da cidade.
Segundo comunicado da junta de freguesia, este tipo de produções não tem em atenção o bem-estar dos moradores, o “direito ao descanso”, pelo que rapidamente manifestou apreensão e oposição face a este projeto, que já teve o aval camarário e terá sido aprovado pelo executivo, como indica o tweet do presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas:
Temos que voltar a fazer de Lisboa a grande referência europeia e uma verdadeira cidade do Mundo. Mantendo a nossa essência, a nossa identidade que tanto nos diferencia de outras cidades. pic.twitter.com/KY2VVJFiAp
— Carlos Moedas (@Moedas) February 22, 2022
A junta de freguesia queixa-se ainda da ocupação abusiva do espaço público que, durante oito noites e dois dias, servirão de palco a esta produção na Baixa, no Chiado e na Mouraria.
No comunicado, lê-se ainda que a junta de freguesia não tem competências legais para impedir que este projeto vá por diante, lamentando apenas que o executivo camarário não tenha consultado a opinião ou parecer desta freguesia.
Dispõe-se ainda a tentar encontrar, juntamente com a Câmara Municipal de Lisboa, uma forma destas gravações impactarem ao mínimo a vida de quem vive nesta zona da cidade.