
A “gigante” urbanização será de grande impacto na cidade, juntando-se a outros projetos previstos para esta área da capital, nomeadamente à terceira travessia do Tejo através de uma nova ponte.
A “megaurbanização”, como lhe chama o jornal Público, prevê ainda o desenvolvimento de um novo parque verde com acesso direto ao rio Tejo, tal como já acontece com o Parque Ribeirinho Oriente, aquando da construção dos empreendimentos de luxo Prata Riverside Village.
Com capacidade para 1.427 fogos
Segundo a mesma fonte, a Unidade de Execução de Marvila (UEM) prevê a construção de 1.427 fogos habitacionais, divididos em cinco áreas urbanas, vários equipamentos, um parque verde e a cobertura da linha ferroviária do Norte numa extensão de 400 metros, de forma a facilitar o acesso à zona ribeirinha e à possibilidade de criação de novos espaços públicos como praças, zonas de lazer ou até miradouros.
Acessos pedonais e ciclovias estão também incluídas no projeto megalómano, além da criação de 2.852 lugares de estacionamento privados e 246 públicos, e das áreas necessárias para uma eventual terceira ligação das margens do Tejo nesta zona.
O desenvolvimento desta urbanização destaca ainda a deslocação do campo de futebol do Clube Ferroviário, que será integrado no novo parque, e ainda a demolição da antiga Escola Secundária Afonso Domingos.
Descentralização da cidade
Com esta obra, torna-se cada vez mais clara a aposta em descentralizar a própria cidade, trazendo para os extremos da capital uma urbanização com mais serviços, mais negócios e mais habitação.
Marvila poderá, finalmente, desvendar todo o potencial descoberto a partir da grande exposição mundial da Expo 98.
Para já, e até ao dia 13 de março, a proposta encontra-se em consulta pública, prevendo-se depois que avancem com as devidas medidas para tornar este projeto real.
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