Por isso, corremos as ruas da cidade à procura de lugares pequenos em Lisboa, que vais adorar conhecer.
Queres saber qual é a livraria e a biblioteca mais pequenas da cidade? E a florista que é um Pequeno Jardim?
Apostamos que nem imaginas onde fica o prédio mais estreito da capital, certo? As respostas estão todas no nosso roteiro minimalista.
Livraria do Simão
As escadinhas de São Cristóvão, junto à Rua da Madalena, escondiam a livraria mais pequena de Lisboa, e muito provavelmente, uma das mais pequenas do mundo, a Livraria do Simão, que já encerrou permanentemente.
Este foi, durante longos anos, um dos lugares pequenos em Lisboa, com apenas 3,80 metros quadrados (duas pessoas não cabiam lá dentro ao mesmo tempo) que guardavam cerca de quatro mil livros, empilhados em estantes até ao teto e em todos os cantinhos que permitem apertar mais um exemplar.
O guardião deste baú foi Paulo Simão Carneiro, um ex-professor de química que decidiu trocar a tabela dos elementos pela paixão de sempre… os livros.
Só vendia os que gostava, mas gostava de tantos que vendia de tudo um pouco, desde edições de bolso com preço de saldo a raridades bibliográficas que podem valer mais de mil euros.
Entre elas há tantas histórias que, talvez um dia, este recanto venha a dar livro.
Gabinete de Leitura de Campo de Ourique
Uma cabine telefónica das antigas acolhe esta micro-biblioteca colocada junto ao Jardim da Parada, em Campo de Ourique, com livros para “levar, doar, ler e devolver”.
Lá dentro há quatro estantes, umas vezes cheias, outras quase vazias, que convidam miúdos e graúdos a levar um livro sem pagarem nada por isso.
Como calculas, a bibliografia não é muito extensa, mas para isso há outra biblioteca mesmo do lado oposto do jardim, situada no antigo Cinema Europa.
Este espaço nasceu de uma parceria entre a Junta de Freguesia de Campo de Ourique e a Fundação PT, que já colocou oito gabinetes de leitura em vários pontos do país, incluindo a Praça de Londres, em Alvalade.
Pequeno Jardim
No vão de escadas do nº 61 da Rua Garret, em pleno Chiado, cabe um jardim inteiro.
A florista mais pequena de Lisboa tem rosas, cravos, papoilas, sardinheiras, malmequeres, camélias e outras tantas espécies que perfumam e dão cor a uma das ruas mais elegantes de Lisboa, que provisoriamente mudou de morada devido a obras.
A casa já existe desde 1922 ou seja, há mais de 100 anos. Agora, imagina quantos enamorados passaram por lá e, num impulso, compraram uma flor para oferecer aquela pessoa especial.
Neste Pequeno Jardim já nasceram e floresceram grandes paixões.
Nº 195 e 197 da Rua da Atalaia
Se houvesse um Portugal dos Pequenitos em Lisboa, o nº 195 e 197 da Rua da Atalaia (Bairro Alto) seriam os locais escolhidos.
O prédio mais estreito da cidade tem duas portas, mas a fachada mede pouco mais de dois metros.
Mesmo assim, este tamanho XS é uma espécie de ilusão porque, garantem-nos os vizinhos, para trás o edifício é comprido e torna-se mais largo.
Esta, como muitas outras casas no Bairro Alto, não escapa à gentrificação. O último inquilino português já saiu de lá e agora são os turistas que ocupam todos os pisos, desde o rés-do-chão às águas furtadas.
10 lugares que não parecem ser em Lisboa, mas na verdade são!