
Não é preciso explicar-te a razão de tantas gargalhadas, pois não? Agora o que talvez não saibas (nós também não sabíamos) é que o Jardim das Pichas Murchas foi batizado por um calceteiro da autarquia, chamado Carlos Vinagre, que adorava fazer troça dos muitos idosos que ali se juntavam.
Os mais puritanos ainda tentaram mudar o nome ao jardim que também é largo, mas o povo uniu-se e acabou por ficar assim até aos dias de hoje.
Um nome engraçado e a festa que celebrou a vida
Junto à Rua e às Escadinhas de São Tomé, este Jardim/Largo das Pichas Murchas pertence à Freguesia de São Vicente, a caminho do castelo, e atualmente todos os que por lá passam, novos e velhos, homens e mulheres, gostam desta designação.
Como é uma zona onde se costumam juntar muitas pessoas para beber uns copos ao final da tarde, ou durante a hora da bucha, para quem está a trabalhar pelas redondezas, mas também onde muitas vezes se reuniam pessoas mais velhas, para dois dedos de conversa ou para jogar às “sueca”.
Há ainda uma história que conta que no dia em que o autor do nome desta rua faleceu, o Carlos Vinagre, os seus amigos juntaram-se neste largo em forma de homenagem.
Os relatos contam que foi uma festa de “caixão à cova” para comemorar a vida de uma pessoa que teria sido muito importante nas suas vidas.
E os turistas adoram, claro!
E, além de tudo, são agora os turistas, que sabendo o que este nome significa, fazem as mais variadas poses fotográficas para mostrar, nos seus países, esta característica placa toponímica.
É também neste pequeno largo que, por altura dos Santos Populares, se costuma montar um daqueles restaurantes improvisados, devidamente preparados para a maior festa popular de Lisboa.
E o Vhils ali tão perto
Muito perto do Jardim das Pichas Murchas, na Rua de São Tomé, uma das mais pisadas por visitantes de todas as partes do globo, fica ainda uma homenagem de Vhils à nossa maior fadista Amália Rodrigues.
Este mural fica numa pequena praceta junto à Calçada do Menino Deus e foi todo desenvolvido com as típicas pedras da calçada portuguesa. Mas a história sobre este trabalho fica para outra oportunidade.