Depois de um longo período em obras, a inauguração da renovada Estação Sul e Sueste aconteceu há pouco mais de um ano, no dia 1 de maio, Dia do Trabalhador.
Por fora, facilmente se percebe que a antiga estação que liga Lisboa ao Barreiro recuperou o seu traço original de Cottinelli Telmo, do estilo Art Déco, datada de 1932.
A escolha por este tipo de arquitetura, ao invés da pombalina, por ideia do próprio Cottinelli, foi precisamente para não existir uma “competição” entre as duas, e assim tornar a cidade mais dinâmica e moderna.
A estação que data da década de 1930, foi assim apresentada, após obras de reabilitação conduzidas por Ana Costa, neta do projetista.
Mais espaço, mais lazer e mais conhecimento
À renovação da Estação Sul e Sueste, que foi construída para fazer a ligação ferroviária entre Lisboa, Alentejo e Algarve, como uma espécie de extensão com origem e destino no Barreiro, juntam-se ainda a reconstrução do Muro das Namoradeiras, a eliminação do aterro do Cais das Colunas, e a reabilitação de equipamentos junto à estação e na Doca da Marinha, onde agora poderás descansar nas esplanadas para observar as tradicionais embarcações.
A Estação Sul e Sueste dá assim lugar a um renovado terminal de atividades marítimo-turísticas, mais dinâmico e, no seu interior, com um novo espaço de conhecimento, o Centro Tejo, uma área para iniciativas de valorização do rio, para uma maior oferta cultural e turística e para a promoção da consciência ambiental.
A renovada estação terá ainda um reforço em dois pontões já existentes, e foram construídos três novos acessos.
Segundo o autarca da altura, Fernando Medina, a obra
fecha um ciclo, e devolve esta zona aos lisboetas, na sua ligação ao rio. Após muitas décadas fechada, sem utilização é recuperado um património emocional de todos os lisboetas.”