Pedimos a todos os editores da Secret Media Network que nos contassem qual foi a melhor série que viram neste ano incomum. Não parece haver um consenso, mas existem recomendações muito boas.
1 – I May Destroy You (HBO, 2020)
por Miriam Cacho Sol, Diretora de Conteúdos
É uma série essencial. Parecia impossível que algo superasse Fleabag (Amazon Prime), mas a verdade é que aconteceu. Esta autoficção dirigida, produzida e que tem como estrela Michaella Coel é uma voz que nunca antes ouvimos sobre agressão sexual. Entre o drama e a comédia, é um exercício sublime em tons cinzentos da vida, com um final espetacular.
2 – A Última Dança (Netflix, 2020)
por David Ayllón, Community Manager Espanha
É uma série imprescindível para os amantes de um dos desportos-reis dos Estados Unidos, o basquetebol. Jordan é uma das maiores figuras intergeracionais da cultura popular e este documentário, narrado (e editado!) com um pulso digno de todos os prémios possíveis, homenageia todo o seu percurso.
3 – O Mandalorian (Disney +, 2020)
por Elliot McGowan, editor Secret Chicago
Mandalorian é sobre um caçador de recompensas solitário que cuida de uma jovem espécie alienígena, enfrentando novos perigos a cada episódio. É, provavelmente, e até agora, o melhor spin-off da franquia Star Wars desde o primeiro filme. Música, figurinos, design, atores, história… tudo é incrivelmente bem feito. Pedro Pascal, de Narcos e Game of Thrones, está excepcionalmente bem (especialmente graças à sua voz). Os criadores pesquisaram meticulosamente filmes, animes, videojogos e tudo na franquia Star Wars para tirar o melhor proveito desta série.
4 – Ozark (Netflix, até 2017)
por Arianna Gari, editora San Diego
Jason Bateman e Laura Linney interpretam um casal que ganha a vida no mundo da lavagem de dinheiro para um cartel de drogas mexicano e, enquanto isso, tentam manter a sua família fora de perigo. Este é um drama policial que tira Bateman dos seus papéis cómicos habituais (Linney e Julia Garner também são brilhantes). É uma série intrigante e inteligente, e com certeza vai deixar-te curioso em pesquisar no Google onde é Ozarks.
5 – Pessoas normais (BBC e Hulu, 2020)
por Rose Castro, editora Secret Boston
Baseada no romance homónimo de 2018 de Sally Rooney, a série segue a relação entre Marianne (Daisy Edgar-Jones) e Connell (Paul Mascal) desde o colégio até a graduação no Trinity College em Dublin. É uma história fantástica, crua e honesta sobre o que significa atingir a maioridade. Tudo nela está bem: do trabalho de câmara ao brilhante papel de Paul Mescal como Connell.
6 – The Undoing (HBO, 2020)
por Chloe Mackenzie-Lee, Community Manager EUA
É uma minissérie de mistério e suspense com Nicole Kidman e Hugh Grant nos principais papéis. Nicole Kidman é terapeuta e a sua vida desmorona quando descobre que o seu marido (Hugh Grant) pode ser o responsável por um assassinato.
7 – Dash & Lily (Netflix, 2020)
por Chiara Carlini, editora Milão Secreto
Série de televisão romântica tremendamente fofa. Dois adolescentes aparentemente diferentes encontram-se através de um caderno.
8 – Unorthodox (Netflix, 2020)
por Alice Lorenzato-Lloyd, editora Bristol
Esty, uma judia de 19 anos que vive numa comunidade ultraortodoxa em Williamsburg, está infeliz com o seu casamento arranjado. Ela foge para Berlim (onde vive a sua mãe), e descobre a vida fora da sua comunidade, começando a rejeitar todas as crenças com as quais cresceu. A história passa por ondas de emoções diferentes, tanto para os personagens quanto para o espectador.
9 – Little Fires Everywhere (Hulu, 2020)
por Lucile Bégeot, editora Marselha Secreta
Ótima adaptação do best-seller de Celeste Ng, com Reese Witherspoon e Kerry Washington, sobre como duas mulheres completamente opostas as vidas acabam sendo inextricavelmente ligadas. É uma história sobre duas visões diferentes de educação, com uma grande mensagem sobre feminismo e questões raciais.
10 – This Is Us (T5, NBC, 2020)
por Georgie Hoole, editora executiva Reino Unido, Irlanda e Austrália
Descobri This Is Us durante o primeiro confinamento no Reino Unido, na primavera, e tem sido uma grande fonte de conforto para mim. Eu ri, chorei (tantas vezes) e realmente sinto falta das personagens quando elas não estão no meu ecrã. A quinta temporada foi lançada este ano, onde já aparecem referências, de uma forma inteligente, à situação atual que vivemos, como o distanciamento social ou movimento Black Lives Matter.
11 – A Amiga Genial (HBO, 2018-presente)
por Brenda Béjar, editora Cidade do México
Eu amo a série e a adaptação faz toda a justiça. A complexidade dos personagens está muito bem traduzida no formato televisivo. A direção, o elenco, o cenário transportam-te imediatamente para o tempo de toda a ação.
12 – O colapso (Filmin, 2019)
por Ariana Buenafuente, editora Sevilha Secreta
Estes oito episódios frenéticos, filmados em sequência, são construídos sob a premissa de uma falha do sistema em escala global. Jérémy Bernard, Guillaume Desjardins e Bastien Ughettho, os seus autores, apostaram em mostrar a fragilidade do sistema num ano que mostrou que as distopias não são apenas mais uma coisa do futuro.
13 – O Gambito da Rainha (Netflix, 2020)
por Gabriel Nunes, editor Toronto Secreto
O Gambito da Rainha, que rapidamente se tornou a minissérie mais assistida da Netflix após o seu lançamento em outubro, conta a fascinante história de Beth Harmon, uma órfã prodígio do xadrez, e a sua jornada para se tornar a melhor num ambiente competitivo e dominado por homens. A atuação de Beth em Anya Taylor-Joy é excepcional. A série tem apenas sete episódios, o ideal para assistir numa daquelas maratonas bem confortáveis no sofá.
14 – Killing Eve (HBO, 2018-presente)
por Kat Norman, editora Amsterdão Secreto
Esta incrível série segue Villianelle, uma assassina obcecada por um dos detetives que a tenta prender. Foi reconhecida como uma série muito progressista, protagonizada por duas mulheres com personalidades detalhadas e desenvolvidas.
15 – Cheer (Netflix, 2020)
por Ashlyn Davis, editora Los Angeles Secreto
Cheer é o show que todos nós merecemos. Nos primeiros cinco minutos, corpos tensos são lançados ao ar, fazendo saltos mortais em câmara lenta enquanto Jim Reeves te dá as boas-vindas a este mundo. Tudo isto é precedido por gemidos de partir o coração quando os atletas saltam das pirâmides humanas e atingem o chão. É uma montanha-russa emocional de seis episódios que mostram o impressionante tecnicismo, bravura e resistência mental necessários para ser uma líder de claques.
16 – The Midnight Gospel (Netflix, 2020)
por Giulia Trecco, editora São Paulo Secreto
Esta série também se poderia enquadrar na categoria de melhor podcast do ano, porque os oito episódios de The Duncan Trussell Family Hour foram adaptados nesta animação. É uma verdadeira jornada através do budismo, filosofia e tópicos espinhosos como a morte. Foi uma das melhores coisas que vi este ano, e até chorei como um bebé no último episódio.
17 – Antidisturbios (Movistar +, 2020)
por Alberto del Castillo, editor Madrid Secreto
Rodrigo Sorogoyen, que atualmente é provavelmente o melhor realizador em Espanha, dirigiu a sua primeira série para televisão, que é um thriller. Riot Control, como todos os filmes de Sorogoyen, fala sobre a condição humana, o risco de polarização e a ambiguidade por detrás de cada decisão humana.
18 – Sex Education (Netflix, até 2019)
por Amanda Viller, Community Manager Reino Unido
Esta série é brilhante, quebrando todos os tabus sobre o sexo, as normas de género, a sexualidade e a intimidade. A série segue o adolescente inseguro Otis, que tem todas as respostas quando se trata de aconselhamento sexual, graças à mãe, que é terapeuta de sexo.
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Foto de capa: IMDB