Então, qual a melhor maneira de descobrir a cidade de uma ponta à outra? Nós também fizemos essa pergunta várias vezes e, de repente, vruuuum, a resposta passou mesmo à nossa frente. Na porta dizia Live Electric Tours.
Vai daí, fomos pesquisar, e descobrimos que é uma empresa portuguesa com carros 100% elétricos – os pequenos Renault Twizy – que desafia turistas e locais a descobrirem a capital de uma forma bem original.
E ainda lhe junta outro argumento irresistível: todos os veículos (com dois lugares) têm uma câmara ligada à Internet que permite aos utilizadores transmitirem a viagem em direto, através das redes sociais.
É claro que já não descansávamos enquanto não tivéssemos um nas mãos, por isso, pouco tempo depois aí estávamos nós a passear cheios de estilo por Lisboa. Queres saber como correu? Vem daí connosco!
Da Lx Factory à Praça do Comércio… ligados à corrente
Embora seja possível andar pela cidade sem destino certo, a Live Electric Tours tem vários circuitos pré-definidos, cada um como o seu tema, como o Lisboa moderna, o Lisboa alternativa, o Lisboa dos miradouros ou o Lisboa pelo rio. Só faltava mesmo um inspirado em nós… o Lisboa Secreta.
Destes todos, escolhemos o passeio ribeirinho, com partida da Lx Factory e chegada na Praça do Comércio.
Escusado será dizer que bastaram poucos minutos para termos turistas japoneses a tirarem-nos fotografias, brasileiros a quererem entrar lá dentro e espanhóis a perguntarem onde podiam alugar um igual.
Primeira sensação: é bem mais fácil de conduzir do que parece, já que as mudanças são automáticas e o tamanho reduzido permite-nos passar por qualquer lado.
Além disso, o facto de ter GPS também ajuda, tal como o guia áudio (disponível em três línguas) que nos vai contando várias histórias e curiosidades sobre os locais que passamos.
Deixando Alcântara, seguimos rumo a Belém pela Rua da Junqueira, com passagem pela Cordoaria Nacional, Mosteiro dos Jerónimos e CCB. Um pouco mais à frente, o viaduto antes de Algés deixou-nos do outro lado da linha férrea, já na Avenida Brasília.
A primeira paragem foi junto à Torre de Belém e, enquanto os outros carros andavam às voltas para estacionar, nós encontrámos facilmente um cantinho para deixar o Twizy. Afinal, apenas 2 metros de comprimento cabem em qualquer lado.
Continuando o passeio, passámos junto às bombas de combustível da Doca de Belém e, claro, seguimos em frente, porque gasolina era coisa que o nosso carro não precisava. A bateria ainda estava bem cheia, já para não falar dos benefícios deste tipo de veículos para o ambiente.
Nesta altura, já os nossos amigos nos seguiam pelas redes sociais, graças ao live streaming (e ao wi-fi grátis) que torna esta experiência ainda mais divertida.
A Live Electric Tours foi mesmo a primeira startup do mundo a introduzir esta tecnologia. Por essas e por outras é que recebeu o prémio de melhor startup da Europa, na categoria de turismo.
Voltando à estrada, fizemos mais uma paragem junto ao MAAT (nunca nos cansamos de ver este incrível edifício) e seguimos pela Avenida da Índia até às Docas de Santo Amaro, para bebermos um copo e tirarmos algumas fotos.
São as vantagens do self drive: paramos sempre e quando quisermos.
Pelo caminho, experimentámos carregar um pouco mais no acelerador, mas logo ouvimos um aviso sonoro a dizer que estávamos ultrapassar a velocidade máxima aconselhada.
Depois, o GPS aconselhou-nos a optar pela Rua da Cintura do Porto de Lisboa (bem menos agitada que a Avenida 24 de Julho), que nos deixou num instante no Cais do Sodré.
Daí, até à zona da Praça do Comércio (o nosso destino final) foi mais um pulinho, numa viagem bem divertida, original e com 0% de emissões.
O ambiente agradece, e nós também, que lá descobrimos uma bela forma de descobrir a cidade por conta própria.