O amarelinho da Carris que funcionou durante 90 anos (entre 1905 e 1995) está de regresso com o charme e a magia de sempre. E tu, já tiraste bilhete?
Não te assustes com a fila gigantesca que vais encontrar junto à paragem da Praça Luís de Camões.
A maioria das pessoas está ali para apanhar o irmão mais famoso do 24, o icónico e sempre lotado 28.
Assim, quando o teu elétrico chegar, passa-lhes à frente e faz-lhes inveja num banco só para ti, com lugar à janela e tudo.
Aproveita agora, porque assim que as revistas internacionais começarem a falar deste novo percurso, os turistas também vão tomar de assalto o 24.
A viagem
A viagem começa entre os solavancos típicos de um elétrico velhinho, que parece subir com esforço a Rua da Misericórdia até ao Largo Trindade Coelho, seguindo depois rumo ao Príncipe Real, o ponto do caminho onde entra e sai mais gente.
Segue-se o Largo do Rato, o Jardim das Amoreiras (outro segredo bem guardado, até para muitos lisboetas), a zona do shopping com o mesmo nome e, por fim, a Praça de Campolide.
Mesmo ao lado da última paragem, a esplanada do Quiosque 24 (o nome é inspirado no elétrico, claro) vai convidar-te a tomar um copo, mas se for hora de refeição, o mais difícil será resistir ao cheirinho a frango assado que vem do restaurante A Valenciana, no outro lado da linha.
Há quem diga que é dos melhores da capital. Queres experimentar para dizeres de tua justiça?
Só por isso, já vale a pena fazer o percurso de uma ponta à outra, mas o cenário revivalista do interior, as vistas lá de fora e o ritmo descontraído da viagem prometem conquistar qualquer um.
Como nos velhos tempos, o elétrico 24 está aí para as curvas.