O que faz a Câmara com os milhões de euros que recebe todos os anos da Taxa Municipal Turística? Provavelmente já colocaste essa pergunta (e nós também), por isso fomos à procura das respostas e dos números.
A taxa turística foi aprovada em 2014, mas só em 2016 começou a ser realmente aplicada, cobrando um euro por noite (até ao máximo de sete euros) sobre as dormidas de turistas nacionais e estrangeiros em todas as unidades de alojamento local da cidade.
Nesse ano, rendeu 12,4 milhões de euros e em 2017 a receita subiu para os 18,5 milhões.
Em 2018, a autarquia espera encaixar mais do que a soma dos dois anos anteriores, qualquer coisa como 36,5 milhões. E de onde vem essa subida? A explicação é simples.
Desde janeiro que a taxa passou de um para dois euros, por isso os cofres da câmara deverão receber mais ou menos o dobro do ano anterior. Mas se os turistas aumentarem, as receitas também irão subir.
Depois dos números, a resposta à pergunta inicial. Durante este período, foram várias as áreas e os eventos que beneficiaram dos dinheiros da taxa turística, com destaque para o Festival Eurovisão da Canção.
Estas receitas também foram utilizadas na higiene urbana da cidade, nomeadamente para a compra de carros elétricos de limpeza.
Para este ano, está previsto um reforço de 3 a 5 milhões de euros, via juntas de freguesia. A ideia é ajudar a minimizar o impacto do aumento de resíduos que o boom turístico trouxe â cidade.
Noutras áreas, também já estão prometidos 3 milhões de euros para a organização da Web Summit, bem como para dois espaços que servirão a conferência (e não só).
São eles o novo Centro de Congressos do Parque das Nações, operacional em 2023, e o Pavilhão de exposições do Parque das Nações, a FIL, que terá de ser ampliado (uma das condições para a Web Summit continuar por Lisboa).
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Foto de capa: @visitlisboa