Este é o primeiro grande segredo que vais saber sobre o nosso mais conhecido submarino, do seu nome Barracuda.
Tendo sido o último submarino da classe Albacora a sair de serviço, em 2010, o Barracuda contou 42 anos de mergulhos oficiais até ao fundo dos oceanos, tornando-se o mais antigo submarino de todas as marinhas de guerra da NATO.
800 mil milhas subaquáticas
Como 42 anos ao serviço da marinha portuguesa, onde contabilizou mais de 300 missões para o qual foi chamado às profundezas dos mares, o submarino Barracuda percorreu mais de 800 mil milhas, o equivalente a 36 voltas ao mundo.
É obra, para um veículo de guerra construído no final dos anos 60 (1968) nos estaleiros franceses de Dubigeon, em Nantes.
Quanto a potência náutica, dois motores a diesel e outros dois elétricos, garantiam-lhe 2.900 cavalos, permitindo-lhe ainda uma autonomia de 31 dias em profundidades até 300 metros.
A vida dentro de um submarino
Dentro do submarino Barracuda só podiam entrar 56 militares.
Tendo em conta que estamos perante uma embarcação muito contígua, com apenas um corredor muito estreito, as condições a bordo não eram as mais cómodas para estes 56 militares da Marinha, sendo que apenas o comandante teria direito a uma cabine.
E o que dizer das reservas de água, que eram bastante limitadas e, por isso, tomar banho durante uma missão era apenas uma miragem.
Pelo menos durante 31 dias eram as toalhitas de bebé que resolviam esta situação, dentro de um submarino que, só por si, já emite bastante calor e vapor em funcionamento. Terá sido assim até à última viagem.
A última viagem do Barracuda
A última viagem do submarino Barracuda aconteceu em 2013, e foi já em direção às docas do estaleiro naval de Cacilhas, em Almada, onde ainda se encontra, a pouca distância da sua base no Alfeite.
O destino, “preso” por detalhes, parece ser o de o transformar num museu acessível a todos.
Tendo em conta o que vimos nas redondezas onde se encontra a embarcação Barracuda, mas também a fragata D. Fernando II e Glória, poderia ser um um espaço que movimentasse mais turismo.
O local até é bastante acessível, quer por barco quer através de transportes públicos ou automóvel próprio (possui um parque de estacionamento), mas todos sabemos que os esforços para promover este local com futuras visitas públicas poderá ser mais dispendioso.
Esperamos por isso, que o dia da grande abertura deste submarino a todos esteja para breve, e que o possamos ver em toda a sua austeridade.