Em Lisboa só há um sítio onde vais desfrutar — à séria — de um menu completamente cozinhado em labaredas, no restaurante Fogo, do chef Alexandre Silva.
Tudo o que vais provar aqui é cozinhado no fogo. Foi a técnica tradicional com que o renomado chef Alexandre Silva escolheu para trabalhar os seus produtos, que são sempre nacionais e que, no prato, revelam-se em verdadeiras inspirações das nossas raízes.
Como é que viemos aqui parar
Claro que já tínhamos ouvido falar do restaurante Fogo, mas a verdade é que nunca conseguimos reservar uma mesa a tempo de vir provar estas iguarias diretamente cozinhadas na brasa.
A nossa sorte foi termos descarregado a nova aplicação Nosho, que tem sempre uma mesa reservada para ti em restaurantes de topo, quando os outros não aceitam mais ninguém.
Se ainda não a tens, aceita o nosso convite para pertenceres ao clube de pessoas que gosta de comer nos sítios mais exclusivos da cidade.
Assim que recebemos a notificação de que havia uma mesa no restaurante Fogo, marcámos logo para as 12h30 e, num ápice, às 13h o restaurante já estava cheio.
Não admira que seja muito difícil marcar mesa num dos mais conceituados restaurantes do chef Alexandre Silva e, porque não, de todo o país.
Pois bem, agora seria a nossa vez de tirar a prova dos nove.
O restaurante
O restaurante Fogo fica localizado na Avenida Elias Garcia 57A, bastante perto do Campo Pequeno.
A entrada vista da rua é incrível! Uma enorme parede da cor do carvão dá-te as boas-vindas, fazendo-te imaginar o que estará por detrás daquele muro negro.
Claro que já vimos fotos do restaurante, mas garantimos-te, ao vivo é simplesmente brutal.
Assim que passas pela enorme porta de vidro e aço encontras uma pequena área de espera, e também um incrível bar, onde são preparados, pelo mestre João Bruno, alguns dos cocktails mais criativos que já tivemos a oportunidade de degustar, que juntam técnicas de bar e de cozinha para criar bebidas com aromas incandescentes.
Na ponta oposta ao bar fica a cozinha, se é que lhe podemos mesmo chamar de cozinha. Mas esta não é, de forma alguma, uma cozinha qualquer.
Aqui não vais ver fogões nem bicos de gás. No restaurante Fogo tudo é preparado e cozinhado em cima de brasas.
O calor das pedras incandescentes sente-se em toda a sala, assim como os cheiros característicos de quando assamos alguma coisa num fogareiro.
Mas a verdade é que a sensação de aqui estar é bastante agradável: não sentes calor e o cheiro, por incrível que pareça, não fica impregnado na roupa.
Por último, o teto do restaurante Fogo. É fantástico! Os candeeiros são uma espécie de barras que fazem lembrar pedaços de madeira em brasa, fornecendo uma luz amarelada bastante agradável a quem escolhe este espaço para almoçar ou jantar.
A nossa experiência
Sentámo-nos numa mesa mesmo perto do balcão (onde também te podes sentar), para apreciar toda a dinâmica da cozinha e do chef Alexandre Silva, que com muita calma orienta tudo o que sai das brasas.
O ambiente, leve e muito tranquilo, não é diferente de um restaurante banal, mas o que vimos sair daquela cozinha para a nossa mesa foi qualquer coisa de extraordinário.
Gostamos muito de comer. Por isso, satisfazer o nosso apetite não seria uma tarefa muito complicada para este chef.
E o que provámos nas duas horas seguintes foi qualquer coisa de transcendente. Acendeu-nos a alma.
No menu
As entradas
No menu do restaurante Fogo vais encontrar uma carta de entradas que nunca mais acaba, todas elas à espera das nossas próximas visitas a este espaço.
É que, de entre Ostras na Brasa até à Sapateira com Manteiga de Alho, chegou-nos à mesa um mix de petiscos com manteiga, azeite, pickles caseiros, rillette de porco acompanhado com pão de massa mãe em forno de lenha.
Mas não ficámos por aqui no que respeita a entradas! Por muito apetecíveis que fossem as ostras e as sapateiras, o chef preferiu presentear-nos com um Tártaro de Vaca com Gema Fumada e Requeijão, com Gamba Branca do Algarve na Brasa e com uma dose — simplesmente divinal — do banal mas incrível Berbigão, também ele com um sabor inconfundível a brasa.
O que gostámos mais? É impossível dizer. A mistura de sabores terra e mar entraram na nossa boca e por lá se deliciaram por breves momentos que palavras não conseguem descrever.
Prato principal… ou pratos
Nem sabíamos o que ainda nos esperava e, sem grandes demoras, lá apareceu uma generosa posta de Rodovalho Grelhado com Molho de Manteiga e Alho… artisticamente divinal! Queríamos mais!
Passámos para a carne, onde fomos presenteados com o famoso Arroz de Forno do chef Alexandre Silva.
Já tínhamos ouvido falar, mas nunca pensámos que fosse tão gostoso de saborear… de “rapar” o tacho até já não sobrar mais um grão de arroz.
Os doces, as sobremesas
Há três sobremesas deliciosas para provar no restaurante Fogo: Torta de Limão e Tangerina, Mil Folhas e Semifrio de Café e Avelã.
O chefe escolheu-nos o segundo da lista, o Mil Folhas, a jóia da casa, o trunfo de mão, a sagrada receita… pusemos as mãos à cabeça!
A delicadeza deste doce, com várias camadas de diversos sabores e aromas, deixou-nos completamente rendidos à engenharia de patisserie.
Os cocktails
Foram os primeiros a chegar à mesa, e acompanharam-nos durante toda esta experiência, que demorou pouco mais de duas horas.
À direita está o “Das Cinzas”, engenhosamente criado para inebriar lentamente até o mais exigente crítico de cocktails.
À esquerda, doce e com travo a ananás, está um cocktail que até a casca presa por uma mola podes degustar, à medida que vais tragando o seu elixir fresco e suave.
Foi desta forma que terminou a nossa degustação, num restaurante que vai ficar para sempre marcado nas nossas memórias como uma das experiências gastronómicas mais incríveis que já tivemos.
Por isso, muito agradecemos ao chef Alexandre Silva e a todo o staff, que nos recebeu de braços abertos sempre com uma simpatia inexcedível.
Agradecemos ainda à Tânia Figueiredo, que nos apresentou à aplicação Nosho, onde pudemos reservar a nossa tão ansiada mesa no restaurante Fogo.
Uma última dica para se decidires passar por lá: vai com tempo e muita vontade de comer, e aproveita para provar o máximo que puderes pois nunca se sabe quando é que conseguirás marcar lá mesa novamente.