
No passado dia 28 de abril de 2025, portugueses e espanhóis vivenciaram uma experiência inédita: ficaram completamente “às escuras” durante cerca de 9 horas (uns mais, outros menos), desde as 11h33 até às 20h30. A razão foi um apagão geral, cujas causas continuam por apurar, que fizeram com que ambas as nações apenas conseguissem saber do que se passava através dos seus rádios a pilhas.
Este evento deixou muitos a pensar no quão mal preparados estamos para situações de emergência deste género, facto que se comprova pela corrida aos rádios portáteis a pilhas, que teve uma procura de mais 4547%, segundo os dados do comparador de preços Kuantokusta.
Rádios, powerbanks e até fogões a gás
Este tipo de rádios FM a pilhas são um dos objetos sugeridos pela União Europeia que deves ter no teu Kit de Sobrevivência, sendo que os carregadores portáteis de equipamentos eletrónicos (vulgares powerbanks) também estão entre as maiores procuras neste site, que compara vários preços desde 2005.
Segundo o mesmo, depois do apagão que deixou Portugal e Espanha praticamente sem comunicações na passada segunda-feira, os portugueses correram às lojas físicas (nós incluindo) e online para comprar equipamentos essenciais capazes de garantir autonomia em situações de emergência:
- Rádios (+ 4 594%),
- Powerbanks (+ 1 728%)
- Fogões portáteis (+ 348%).
Outros equipamentos procurados online
Além destes três equipamentos, que foram os mais procurados logo a seguir à energia ter sido restabelecida (já de noite), geradores, baterias portáteis, lanternas e comida desidratada também fizerem parte das principais pesquisas dos portugueses, o que reflete como nos preocupámos em garantir meios alternativos de comunicação, iluminação e alimentação.
Segundo o site Kuantokusta, é de realçar que os preços de todos estes equipamentos, apesar da enorme procura, se manteve estável, contrariando assim a lei da oferta e da procura, o que deixou muitos clientes satisfeitos.
Para André Duarte, diretor comercial do KuantoKusta,
Face a esta situação, já desde segunda-feira que os portugueses se estão a tentar precaver para futuras emergências. A súbita corrida a estes artigos revela não só uma preocupação dos consumidores com eventuais falhas futuras no fornecimento de eletricidade, mas também uma tentativa de estarem mais preparados para situações de emergência.”
O apagão que afetou milhões de portugueses e espanhóis, durante cerca de 10 horas, causou ainda fortes perturbações nos transportes públicos, assim como em toda a rede de telecomunicações, com acesso muito limitado ou até inexistente à Internet e a chamadas telefónicas.
Enquanto ainda se procuram encontrar as causas deste incidente ibérico, é bom saber que ele, pelo menos, serviu para repensarmos a nossa preparação para futuras situações de crise, no sentido em que procurámos garantir uma maior resiliência para estarmos melhor preparados.