Um chimpanzé que gosta de roubar cenários, uma tartaruga que não para quieta, um leão que é rei e senhor no zoo de Lisboa e outros 100 animais chegaram à Cordoaria Nacional para te fazer sorrir, refletir, deslumbrar e quem sabe, até chorar.
Vieram todos juntos na maior arca fotográfica do mundo e vão ficar por cá até 5 de maio. Estamos a falar, é claro, da Photo Ark, a exposição da National Geographic em Lisboa.
Esta que nasceu do sonho de um fotógrafo, Joel Sartore, em retratar todas as espécies de animais em cativeiro.
Muitas mordidelas, arranhadelas, lambidelas e peripécias depois, o projeto transformou-se num gigantesco arquivo de biodiversidade, que já tem mais de 9.000 fotos. Estas, foram captadas em cerca de 40 países, sobretudo em jardins zoológicos.
O objetivo é chegar às 12.000, o que poderá demorar cerca de 25 anos a concretizar.
Até lá, a exposição da National Geographic mais vista de sempre vai correndo o mundo e agora está por Lisboa com mais de 100 fotos em grande formato, três documentários em vídeo e um quiz onde descobres o animal que encaixa com a tua personalidade. E ainda tem um passatempo à tua espera.
Também queres embarcar nesta arca fotográfica? Garante aqui o teu lugar.
A entrada na exposição faz-se por um túnel imersivo com centenas de imagens que são uma espécie de portal para o incrível mundo da biodiversidade.
Logo ao início, vais encontrar uma moldura para tirares selfies e partilhares a tua visita nas redes sociais, algo que milhares de pessoas já fizerem.
Do outro lado, cada foto tem uma história (e uma mensagem) que a Lisboa Secreta foi descobrir, como a do orangotango do bornéu que não largava a cria por nada deste mundo ou a do rinoceronte-branco-do-norte que faleceu uma semana depois da sessão fotográfica. Na altura, restavam cinco exemplares em todo o planeta e hoje há apenas… dois.
E assim se alertam consciências para a necessidade de preservação do nosso planeta. Sabias que a Terra corre o risco de perder metade de todas as espécies até ao final deste século? Haverá maior ameaça à nossa própria sobrevivência?
Continuando pela exposição, encontramos animais dos quatro cantos do mundo e de todos os portes, desde os pequenos rato de praia de St. Andrews ou gafanhoto de asa oblonga aos imponentes elefante asiático ou urso pardo sírio.
Muito interessantes são também os documentários em vídeo que mostram as peripécias das sessões de Sartore. Se pensas que fotografar animais em cativeiro é fácil, imagina como será fazê-lo com um macaco que rouba as telas, uma tartaruga de 250 kg que (surpreendentemente) não consegue ficar parada ou um bisonte que só pousou para a camara depois de saciado.
Para o final, guardámos a área dedicada às espécies fotografadas em Portugal. Aqui, vais encontrar 12 imagens fantásticas, como uma toupeira de água captada no Douro (a espécie 8.000 desta arca fotográfica) ou um leão fotografado no Jardim Zoológico de Lisboa.
Mas Sartore também encontrou por cá um leopardo da Pérsia, um lobo ibérico, uma girafa de Angola e um caimão-de-lunetas, entre outros animais que entraram para esta arca fotográfica.
Até 5 de maio, vais poder descobri-los a todos na Cordoaria Nacional. O fungagá da bicharada está à tua espera!
Foto de capa: Daniel Miranda/Photo Ark