A zona entre o Cais do Sodré e Santos tem tantos, mas tantos restaurantes, que é quase impossível ir a todos, não é?
Mas olha que, por vezes, é nos mais discretos e menos mediáticos que se come melhor. Foi o que nos aconteceu neste A Maria Não Deixa, situado no nº 28 da Rua da Boavista.
Aqui, a grande especialidade são os petiscos à portuguesa mas, antes de te deixarmos com água na boca, matamos-te a curiosidade sobre o nome desta casa. Porquê A Maria Não Deixa?
Nós explicamos: como o restaurante tem, nada mais, nada menos, que seis sócios, estava a ser quase impossível chegar a um consenso quanto ao nome. No meio da discussão, um deles sugeriu que abrissem mais cedo, mas outros dois responderam em uníssono que… “A Maria não deixa!” E pronto, estava batizada esta casa.
O espaço, com capacidade para cerca de 50 pessoas, é inspirado nas antigas tascas portuguesas. Está lá o balcão corrido, as mesas com tampos em mármore, algumas paredes em pedra e as traves de madeira no teto.
Mas o que salta mesmo à vista é um grande mural, criado pelo ilustrador Jorge Mateus, que retrata aquilo que Portugal tem de mais icónico em matéria de gastronomia (e não só), como o bacalhau, os enchidos, o presunto e o vinho.
Já que falamos em comida, vamos então para a lista de petiscos à prova. E, claro, neste restaurante é a comida típica portuguesa que mais ordena. Nem a Maria deixava que fosse outra.
Entre as propostas mais afamadas estão as migas á alentejana, o choco frito, o pica-pau, a salada montanheira e os ovos mexidos com farinheira, apenas para dar alguns exemplos.
Para beber, não deixes de provar os cocktails da casa, também eles tipicamente portugueses e com um toque de bom humor.
Afinal, não é todos os dias que podemos provar um mojito fingido (porque leva amarguinha) ou um cocktail com ginjinha e cheiro de manjerico. Ora aí está uma casa portuguesa, com certeza!
Foto: Nelson Jerónimo Rodrigues