Há quem goste mais de ver um homem a cantar o fado. E outras pessoas há que preferem o vozeirão de uma destas fadistas lisboetas, as que levaram mais longe a nossa música além fronteiras.
A nossa escolha recaiu em cinco fadistas que nasceram em Lisboa, ou muito perto da capital, mas claro, todas as outras continuam a ter um lugar especial no nosso coração: Mariza, Ana Moura, Gisela João, entre muitas outras, às quais daqui fazemos a nossa vénia e prestamos muita admiração.
Então vamos lá cantar o fado!
Amália Rodrigues
Por volta dos anos 50, o Fado cruza-se com aquela que viria a ser um dos maiores símbolos de Portugal: Amália Rodrigues.
A fadista teve um importante papel na internacionalização do Fado e na sua consolidação como forma de arte. O Fado de Amália Rodrigues não conhecia fronteiras algumas, de língua ou culturais.
Desde que apareceu e se tornou fadista, e até à sua morte, em 1999, Amália foi um ícone da cultura nacional e levou o bom nome do país, através do Fado, aos quatro cantos do mundo.
Dulce Pontes
Talvez a conheças mais porque cantou uma das melodias mais lindas de sempre na participação de Portugal no Festival Eurovisão da Canção, em 1991, ficando em 8º lugar com a música “Lusitana Paixão”, que é, na verdade, uma ode ao Fado.
Muitos chegaram a pensar que Dulce Pontes poderia ser a genuína sucessora da rainha Amália Rodrigues, mas depressa esta fadista enveredou por outros géneros musicais, afirmando-se hoje como uma artista de World Music.
Uma coisa é certa, Dulce Pontes terá para sempre o Fado em si.
Cuca Roseta
Cuca Roseta é o nome artístico de Maria Isabel Rebelo Couto Cruz Roseta, uma das mais proeminentes fadistas nascidas em Lisboa. Nem imaginas como adoramos a sua voz melódica e doce.
Conheces a banda Toranja? A Cuca Roseta, juntamente com o não menos conhecido Tiago Bettencourt, foram os seus fundadores em 2001. Foi desta união que saiu “A Carta”, que viria a ganhar um Globo de Ouro para Melhor Canção, em 2004.
Esta união terminaria em 2005, depois de vencer um concurso de Fado, género a que se dedica até aos dias de hoje.
Raquel Tavares
Uma das notícias mais tristes que recebemos foi quando ouvimos esta fadista dizer que iria abandonar a carreira aos 35 anos.
Mas isso não nos impediu de a mencionar neste artigo, prestando-lhe assim a devida homenagem a uma voz inconfundível da nossa maior música.
Porque a verdade é que ela pode ter deixado de cantar, mas vamos sempre conseguir ouvi-la.
Carminho
Carminho é uma das mais novas cantoras de Fado, e atualmente uma das mais internacionais.
A voz única não a compara a ninguém, assim como as letras carregadas de emoção e saudade, ou não fosse o Fado sobre estados de espírito nostálgicos com ligação direta ao peito.
Um dos seus mais aclamados álbuns chama-se “Fado”, foi lançado em 2009, e foi o seu derradeiro caminho para o estrelato.
E por falar em estrelas, talvez te lembres da colaboração com o cantor espanhol Pablo Alborán em “Perdoname”, tornando-se a primeira artista portuguesa a atingir o número 1 do top espanhol.