Há quem diga que as melhores paisagens, os melhores vinhos e as gentes mais afáveis do país estão no Douro. Mas nós, que puxamos sempre a brasa à nossa sardinha (Lisboa, pois claro) preferimos dizer que agora estão… no Chiado. Como assim? Vem daí descobrir o Grau Douro e vais perceber porquê.
À porta do número 5M da Rua Duques de Bragança, em pleno Chiado, avista-se o rio Tejo, mas também o Douro. Enquanto um corre ao fundo da rua, no horizonte, o outro serve de inspiração ao novo espaço do bairro, dedicado (quase) totalmente a esta região do país.
Estamos a falar do Grau Douro, um tapas & wine bar que leva à mesa os melhores comes e bebes durienses, servidos com aquela simpatia tão característica das gentes do Norte.
À frente da casa estão Óscar Lima e a mulher, Tânia Almeida, um casal de jovens luso-canadianos que regressou a Portugal com uma missão: dar a provar os sabores do Douro.
E nós agradecemos porque, de repente, passámos a ter ao virar da esquina os melhores enchidos, queijos e vinhos daquela região.
Já com água na boca? Aguenta só mais um pouco, porque primeiro vamos conhecer os cantos à casa.
O espaço não é grande, mas isso acaba por ser uma vantagem, porque se torna ainda mais acolhedor e intimista. Isto, seja a que hora for, porque além dos jantares também é especialmente convidativo para um after work com petiscos, vinhos e espumantes.
Na primeira sala encontramos o bar e três ou quatro mesas, uma parede emoldurada com as “pupitres” originais das caves da Raposeira e um mapa mundo em rolhas de cortiça. Aqui, predominam os tons azul petróleo e dourado, precisamente “as cores que os socalcos e as águas do Douro ganham ao final do dia”.
Num recanto, encontramos também um quadro com a mascote da casa, o Calypso, um simpático cão de raça Lulu da Pomerânia que gosta de dar as boas vindas aos clientes e nunca diz não a uma festinha.
Depois, há mais outra sala, esta decorada com uma imagem a preto e branco, em grande formato, do rio que dá nome a este bar/restaurante.
Como prometido, deixamos o melhor para o final: a comida e o vinho. Da lista de pitéus, destacam-se desde logo, as bôlas de Lamego, disponíveis com vários recheios, como salpicão, sardinha ou bacalhau, apenas para darmos alguns exemploS.
Depois, somos tentados com as tábuas de queijos, fumados e enchidos, entre outras sugestões, seguindo-se mais uma dezena de petiscos. Entre eles estão, por exemplo, as portuguesíssimas moelas com molho tradicional, acompanhadas por pão acabado de sair do forno, e a trilogia de alheira, mas também há alguns pratos “trazidos” do Canadá, como as asas de frango fritas ou as sliders de porco desfiado com molho barbecue.
Como uma boa casa nortenha, é claro que não podia faltar a Francesinha, aqui numa versão à Grau, com presunto e porco desfiado.
Por fim, guarda um cantinho no estômago para as deliciosas sobremesas, com destaque para o toucinho do céu, uma receita familiar bem guardada, que já vem do avô de Óscar.
Quanto às bebidas, os vinhos do Douro estão em maioria (outra coisa não seria de esperar), mas também há néctares do Alentejo, do Dão e de Trás-os-Montes.
A carta conta ainda com cocktails, gins, runs, vodkas e o inevitável Vinho do Porto, além de uma grande variedade de espumantes Raposeira e Murganheira. Perfeitos para brindarmos ao sucesso desta casa do Douro que vale… ouro. E sim, definitivamente, os melhores vinhos e petiscos também já estão no Chiado.
Queres ir até lá e descobrir porquê? Reserva aqui uma viagem pelos sabores do Douro.
Foto de capa: @graudouro