Apesar de estar situado bem no centro da cidade, o Palácio Foz continua a ser um segredo bem guardado em plena Praça dos Restauradores.
Para lá daquela bela fachada, há vários espaços e recantos que muitos lisboetas desconhecem, como o Museu do Desporto, salas decoradas com valiosas pinturas e até um pequeno jardim.
Mas o sítio mais secreto de todos é mesmo a Abadia, um antigo restaurante subterrâneo, que também serviu de palco a inúmeras reuniões maçónicas.
Se ficaste curioso e gostavas de conhecer este misterioso espaço, só precisas de te inscrever na visita que a Caminhando organiza este sábado, dia 6 de abril.
O início está marcado para as 09h45, nos Restauradores, e daí os participantes seguem para o Palácio Foz, que vão conhecer de uma ponta à outra.
Outrora conhecido por Palácio Castelo Melhor (pertenceu ao Marquês de Castelo Melhor antes de o vender ao Marquês da Foz), este imponente edifício começa por impressionar logo à entrada, graças a uma escadaria nobre em estilo Luís XIV.
No primeiro piso, estão algumas das mais belas salas de Lisboa, com destaque para a Sala dos Espelhos (ou Salão Nobre), repleta de espelhos e pinturas de Columbano Bordalo Pinheiro.
Mas há outras que merecem uma visita, como a Sala Luís XVI, pintada por José Malhoa, a Sala dos Painéis, que tem um quadro de Van Dyck, ou a Sala de Jantar, decorada ao estilo italiano.
E a tal Abadia?, já deves estar a perguntar a esta hora. É para lá que seguimos de seguida, rumo a uma misteriosa cave que serviu de restaurante no início do século XX (construído em 1916).
Com um misto de arquitetura neogótica e manuelina, está decorada com elefantes, dragões, cachos de uvas, pombas e bustos dos maçons que lá se reuniam.
Estes pertenciam ao grupo “Os Mavenkos”, uma sociedade gastronómico-filantrópica fundado por Francisco de Almeida Grandela, o fundador dos antigos Armazéns Grandela, no Chiado.
Esta Abadia está dividida em três partes, todas carregadas de misticismo: o Claustro, onde ficava a taberna vínica; o Refeitório, inspirado nos claustros cistercienses; e as Celas, pequenas divisões reservadas, suspensas sobre o Claustro.
Depois da visita ao Palácio Foz, haverá ainda tempo para uma caminhada até ao Museu do Dinheiro, junto à Praça do Município, onde os participantes vão descobrir a história e evolução do dinheiro em Portugal e no Mundo.
Por falar em dinheiro, a inscrição para este programa da Caminhando custa 13€ por pessoa e deve ser efectuada até às 16h30 do dia anterior, sexta-feira. Mais informações aqui.
Foto de capa: www.patrimoniocultural.gov.pt