Os históricos clubes noturnos da capital, Jamaica e Tokyo, voltam a abrir as suas portas no dia 30 de setembro, desta vez em dois novos espaços criados de raíz, no Cais do Gás na Rua de Cintura do Porto, mesmo de frente para o rio Tejo, na zona do Cais do Sodré.
Desta forma, a rua cor de rosa vai deixar de ser a morada destes dois espaços, que até ao início da pandemia (março de 2020) eram local de culto para muitos noctívagos na capital.
Este verão já os vais encontrar ao lado da estação fluvial do Cais do Sodré, onde estão localizados alguns armazéns, que agora ganham uma nova vida.
Segundo a agência Lusa, Fernando Pereira, arquiteto e sócio de ambos os clubes noturnos Jamaica e Tokyo, as obras que começaram há sete meses têm decorrido com algum atraso, uma vez que a obra teve de ser feita de raíz, mas ainda assim é garantido que a abertura no início do verão é uma certeza absoluta.
As mesmas caras e muitas novidades
Os negócios são feitos de pessoas e, quem entrou nestas casas durante os últimos 10, 20, 30 ou mesmo 40 anos, sabe que foram elas que deram alma a estes dois espaços noturnos.
O sócio garantiu ainda que as novas casas terão a mesma “alma” que os espaços agora vazios na Rua Nova do Carvalho (rua cor de rosa).
E também terão as mesmas pessoas, continuando Bruno Dias a ser o DJ residente.
O Jamaica verá o seu espaço redobrado em capacidade, para cerca de 300 pessoas, que assim vão poder continuar a ouvir alguns dos maiores clássicos de rock e pop.
Para dias mais fracos, como são as terças, quartas e quintas, a renovada discoteca terá uma parede que se desloca para tornar o espaço mais acolhedor.
O renovado espaço do Tokyo vai continuar a promover bandas ao vivo, desta vez com melhores condições no palco, de luz e som.
A proximidade das bandas com o público vai manter-se, naquela que era uma das grandes mais-valias desta espécie de café-concerto.
Já há data de abertura
O responsável pelas marcas Jamaica e Tokyo confessa à agência Lusa que não hesitou na escolha dos locais para onde vai levar duas das mais icónicas discotecas lisboetas.
Não hesitei quando escolhi o espaço. A entrada vai ser única. Quem entrar vai conseguir aceder ao Jamaica ou ao Tokyo, ou a ambos, sem qualquer restrição. Depois, sem ter que sair para a rua, conseguem ter um espaço para poderem fumar, para confraternizar no exterior sem o barulho da música.”
Fernando Pereira admite ainda que pode haver alguma confusão ao início, por ambos os espaços já não fazerem parte da rua que é, também, o sinónimo da animação noturna em Lisboa.
Contudo, espera que com o passar da palavra esta situação seja passageira e que, em pouco tempo, as pessoas comecem a rumar aos novos Jamaica e Tokyo. Afinal, estão a apenas 500 metros de distância dos locais originais.
Havendo uma data certa para a reabertura de ambos as discotecas, será garantido que serão celebradas muitas festas e, claro, seja finalmente realizada a grande festa dos 50 anos do Jamaica.