Muitos destes segredos tornaram-se acessíveis a todos graças aos passadiços que agora serpenteiam alguns dos nossos locais mais recônditos.
Vem daí por rios, rias, dunas e campos à procura das nossas paisagens mais incríveis. Dá corda aos sapatos e… pés a caminho!
Os nossos passadiços preferidos:
1 – Passadiços do Sistelo, em Arcos de Valdevez
Situados no Alto Minho, estes passadiços têm pouco mais de 10 quilómetros de extensão, integrados na Ecovia do Vez.
A aldeia de Sistelo, considerada “o pequeno Tibete português”, por causa dos seus socalcos, é o ponto de partida de um percurso incrível junto ao rio Vez, que forma pequenas praias fluviais onde é possível tomar banho.
Até ao destino final, Ponte de Vilela, o cenário impressiona pela paisagem verdejante e, durante o caminho, vais passar por vários moinhos abandonados e uma ponte oitocentista.
No total, este percurso com grau de dificuldade média, dura cerca de três horas a completar.
2 – Passadiços do Paiva, em Arouca
Não foi por acaso que receberam o prémio de Melhor Atração Turística de Aventura do Mundo nos óscares do Turismo (World Travel Awards; 2018).
Com oito quilómetros de extensão na margem esquerda do Rio Paiva, estes passadiços do concelho de Arouca são um autêntico santuário natural, que passa por águas bravas, cristais de quartzo e espécies em extinção na Europa.
O início faz-se junto a duas praias fluviais, Areninho e Espiunca, e pelo meio há mais outra, a do Vau.
O percurso dura cerca de 2h30, mas atenção que tem um nível de dificuldade alto, desde logo pelos seus desníveis acentuados.
A entrada nos Passadiços do Paiva custa 1€.
3 – Passadiços de Aveiro
São mais de sete quilómetros à volta da Ria de Aveiro, desde o Canal de São Roque (em plena cidade) até Vilarinho, com passagem pelo Cais da Ribeira de Esgueira, Ria de Mataduços e Póvoa do Paço.
Ao longo do percurso, vais encontrar árvores frondosas, sapais e inúmeras aves, como as andorinhas-do-mar-anãs, as águias-pesqueiras ou os milhafres negros. Com sorte, até consegues avistar alguns flamingos.
Este é um percurso linear, para fazer a pé ou de bicicleta, por isso se ainda quiseres voltar para trás conta com um total de 15 quilómetros de caminhada.
Quem preferir (ou tiver crianças, por exemplo) pode optar pelo mini-percurso, com cerca de 2 km, desde o Cais de São Roque ao Cais da Ribeira da Esgueira.
4 – Passadiços do Penedo Furado, em Vila de Rei
São um dos passadiços mais recentes do país (abertos em março de 2019) e já começaram a fazer sucesso, graças a um surpreendente percurso panorâmico que liga a praia fluvial do Penedo Furado a uma zona de quedas de água.
Por enquanto, tem apenas 532 metros, mas a câmara de Vila de Rei já está a preparar uma extensão com mais duas fases que rodeiam a praia fluvial.
Nas redondezas há outros quatro caminhos pedestres que vale a pena conhecer: o Trilho das Bufareiras, a Rota das Conheiras, a Grande Rota da Prata e do Ouro e a Grande Rota do Zêzere.
5 – Passadiços do Alamal, em Gavião
Com partida da Ponte de Belver ou da Praia do Alamal, este percurso no concelho de Gavião (distrito de Portalegre) tem como principal ex-líbris o troço de um quilómetro à beira Tejo.
No caminho, vais poder observar várias espécies de aves e, quem sabe, um ou outro peixe a saltar nas águas do rio.
No total, estes passadiços não chegam aos dois quilómetros de extensão, mas quem quiser andar mais poderá sempre seguir pelo trilho das Arribas do Tejo, este com 15 quilómetros.
6 – Passadiços de Alvor, em Portimão
Com cerca de seis quilómetros de extensão, entre as praias dos Três Irmãos e a Ria de Alvor, no concelho de Portimão, estes passadiços são considerados por muitos os mais bonitos do Algarve.
Além da beleza da paisagem, têm ainda outro grande atrativo: a proximidade de várias praias, que convidam a um mergulho nos dias mais quentes.
O percurso, que pode ser feito a pé ou de bicicleta, apresenta um grau de dificuldade fácil.
Já abriu o passadiço que liga Lisboa, Loures e Vila Franca de Xira