A Câmara Municipal vai começar a tomar novas medidas para regular a atividade dos tuk-tuks em Lisboa, segundo se pode ler no comunicado no site do município.
O foco está em reduzir o número de veículos, o licenciamento obrigatório e, claro, uma fiscalização mais rigorosa, tendo em conta uma melhor equilíbrio entre este tipo de atividades turísticas e a qualidade da mobilidade urbana.
Alvos de críticas, não só dos “alfacinhas” como de quem visita a cidade a pé, o número de tuk-tuks em Lisboa é considerado bastante elevado, precisamente porque são tantos que limitam a mobilidade das pessoas e viaturas, nos passeios e nas estradas, respetivamente.
As novas regras
Num encontro entre o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, e a PSP – Polícia de Segurança Pública, foram identificadas as situações que requerem mais atenção, e feitas propostas para uma melhor gestão e ordenamento do espaço urbano, tendo-se chegado a algumas conclusões:
- identificar zonas de tolerância zero no que respeita ao estacionamento de tuk-tuks;
- obrigação de licenciamento dos operadores, junto da Câmara de Lisboa, para que possam estacionar nas áreas determinadas e legalmente atribuídas;
- serão criados 250 novos lugares de estacionamento específico para tuk-tuks licenciados;
- a Polícia Municipal, a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) ficam encarregues da fiscalização intensiva desta atividade turística;
- restrições específicas para veículos elétricos em algumas zonas da cidade, de forma a promover a sustentabilidade;
- formação profissional dos condutores de tuk-tuks.
Foi ainda decidido reduzir para metade o número de licenciamentos, passando de mil para 500 o número de veículos habilitados a estacionar em espaços públicos.
Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa considera que
É fundamental procurar soluções para impor ordem e alguma disciplina neste problema, com que a cidade se vem debatendo ao longo dos últimos anos. Vamos também ter de assumir uma tolerância zero para algumas das zonas que têm sido fortemente massacradas com uma presença desregulada deste tipo de veículos. É também fundamental a autarquia ter os meios que permitam controlar a dimensão da operação na cidade e, em concreto, o número máximo de tuk-tuks que a cidade suporta para circulação.”
O objetivo destas medidas é tornar mais ordeira a atividade dos tuk-tuks em Lisboa, que têm sido um problema crescente nos últimos anos.
Pretende-se ainda melhorar a mobilidade de todos os residentes e visitantes, reduzir o impacto da poluição e, claro, o congestionamento do trânsito onde este tipo de veículos opera com maior frequência.
Onde te levam os tuk-tuks? Locais obrigatórios para se fazer a pé