Entre as várias lojas centenárias que ajudam a escrever a história do Chiado há uma que, todos os dias, adoça mais um pouco este bairro da capital.
Estamos a falar, é claro, da Pastelaria Bernard. Sim, aquela no topo da Rua Garret, junto à saída do metro e da estátua de Fernando Pessoa.
Fundada em 1868, esta casa emblemática começou por abrir portas na Rua do Loreto (próximo do Calhariz), ainda como Patisserie Benard, o apelido do fundador.
E sabes porque razão acabou por mudar para “Pastelaria Benard”? É que, no início do século passado, os estabelecimentos com dísticos em estrangeiro na fachada passaram a ter de pagar 500 reis à Câmara. Facilmente se resolveu o problema… aportuguesando o nome do espaço.
Já antes, em 1902, a Benard tinha mudado para a atual morada mas, durante longos anos, continuou a ser um espaço frequentado sobretudo por senhoras, já que os homens iam ao café. Mas, até eles acabaram por se render ao charme desta pastelaria.
A partir de 1940, já com um novo dono (Manuel José de Carvalho), passou a destacar-se pelos faustosos banquetes que organizava. E, num deles, até serviu a Rainha Isabel II, aquando da vinda da monarca britânica a Portugal.
Os anos passaram e a pastelaria começou a entrar em declínio, mas na década de 80 passou para as mãos de uma empreendedora (Maria Augusta Montes) que lhe devolveu o requinte de sempre.
Hoje, a Pastelaria Benard é um local incontornável do Chiado e são poucos os que nunca provaram os seus famosos croissants, sempre a sair, fornada atrás de fornada.
Já estás de água na boca? Então, espreita este vídeo da Lisboa Secreta e apostamos que, logo que possas, vais pôr-te a caminho do Chiado só para provares esta delícia irresistível.
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Foto de capa: www.cm-lisboa.pt